Equinócio de Outono

Postado em: março 14th, 2017 por Rosa Valgode

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No próximo dia 20 estaremos celebrando o Equinócio de Outono. Como a origem latina da palavra sugere, “equinócio” quer dizer “noites iguais”.  Isto é, do ponto de vista da Terra, o Sol se colocará na exata equidistância entre os hemisférios norte e sul, fazendo com que o dia e a noite tenham a mesma duração. Energeticamente, esta é uma das quatro datas importantes do nosso calendário, pois inocula a vida de ciclos auspiciosos, ativando o Prumus Sacro que anima todas as coisas, lugar de verticalidades essenciais à Consciência. Nessas datas, segundo milenares tradições, portais se abrem e podemos experenciar dimensões sutis de nossa existência. No portal do Solstício de Inverno, temos acesso aos nossos ancestrais, podendo honrá-los e, através do verdadeiro perdão e agradecimento, curar feridas que nos pareciam imutáveis. No Equinócio da Primavera, o acasalamento e os nascimentos são invocados com a força da libido que brota da terra. No Solstício de Verão, brindamos o ápice de tudo aquilo que foi plantado, cuidado e crescido ao longo do tempo e no Equinócio de Outono, época em que as folhas caem, as altas temperaturas cedem e a terra entra em seu declínio de fertilidade, colhemos os frutos e estocamos as sementes daquilo que outrora foi plantado, além de percebermos o movimento de despedida da luz e das folhas que caem ao chão como adubo para futuras colheitas.

Por tudo isso, a Terra de Rudá, como vem fazendo já há alguns anos, convida você a participar de um gesto alinhado com esta Luz Equinocial. Portanto, um pequeno altar será construído e ao longo de sete dias, às 18h, horário outonal, juntos, onde quer que estejamos, pronunciaremos em voz baixa uma invocação que abrirá frestas para novas dimensões de percepção.

 

O Altar

Nosso organismo psicofísico necessita acordar para este rito natural. Portanto, recolha algumas folhas caídas de uma árvore que te chamou, guarde um punhadinho de terra em um pequeno vaso, coloque uma fruta cítrica num pires e escreva um singelo poema para o ocaso. Construa um temporário altar com essas delicadas joias e o direcione para o Oeste – lugar onde o sol declina, juntamente com nossos amados mortos, lugar de despedidas, território do Outono, lugar onde a sabedoria se aninha.

Este lugar de poder fortalecerá nossa inteligência instintual e estaremos cada vez mais íntimos do Agora. E, se em determinados momentos do dia ou da semana, você sentir um chamamento para este lugar… vá e converse em silêncio com este pequeno universo de milagres. Teu Espírito te conduzirá ao teu Rosto protegido pelas forças naturais. O tempo de duração deste altar é o tempo do Outono ou quando seu coração pedir para encerrá-lo, devolvendo-o à Natureza.

A Invocação

Durante os dias 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23 de março às 18hs pronuncie por três vezes, em voz baixa e atitude receptiva, as seguintes palavras:

“Eu consinto que velhas posturas fundadas no medo e no 

       adiamento caiam ao solo como folhas a fertilizar a terra que, 

       em breve, trará novos frutos.

       Adeus a tudo aquilo que não mais me traduz.”

 

Observe, ao longo do Outono, as transformações que este alinhamento te trará.

Carinhosamente,

Terra de Rudá