Arquétipos- por Lygia Franklin
Arquétipos são as forças primordiais específicas presentes no Inconsciente Coletivo que armazenam toda a experiência universal e atuam como “formas energéticas” na psique de cada ser humano impulsionando maneiras de pensar, sentir, criar e responder aos estímulos externos, enfim, de viver. Todos nós, por exemplo, somos afetados, independentemente de termos conhecido ou convivido com nossos pais, pelos arquétipos da mãe e do pai, tanto na sua forma luminosa, quanto na sua forma sombria, ou, ainda, pelo arquétipo do herói e da heroína que, exatamente por existirem dentro de nós, nos emocionam em filmes, livros, histórias.
Foi C. G. Jung quem introduziu na psicologia a importância dos arquétipos na nossa estrutura psíquica e suas manifestações. Todas as religiões apresentam, de forma metafórica, manifestações riquíssimas de forças arquetípicas, portanto, o estudo simbólico profundo das religiões é revelador das dinâmicas psíquicas da humanidade nos ensinando e apontando caminhos surpreendentemente inspiradores para o viver. Quando na religiosidade tupi-guarani encontramos Rudá, sabemos que ele representa a força arquetípica de união entre as polaridades feminina e masculina dentro de nós. Dessa forma somos relembrados que é possível vivermos essa união, isto é, esse estado de unidade.