Em Tempos de Mudanças

Postado em: novembro 3rd, 2017 por Rosa Valgode

Em Tempos de Mudanças – Caderno Teórico Família e Transcendência
É tempo de mudanças. Nos últimos trinta anos o mun­do passou por transformações nunca antes imaginadas. A internet mexeu com as relações de poder. Acesso, comuni­cação, transparência e informação jamais vistos em milê­nios de civilização provocaram atitudes surpreendentes. Revoluções de comportamento estão em curso. Uma nova relação de afeto, uma nova sexualidade, uma nova famí­lia… nos questiona: O que é certo e errado? Onde me en­contro no meio de tudo isso? Nesse quadro, o homem con­temporâneo sentiu-se desterritorializado das “verdades” que até então o representavam. Hoje, vivemos uma verda­deira crise de representatividade. As instituições passam por uma auditoria vexatória; os partidos políticos veem seus quadros cada vez mais desacreditados; as religiões fracassaram em fazer a ponte entre o indivíduo crescido psicologicamente e Deus, cronificando-nos como eternos filhos carentes de proteção e em busca de mitologias sal­vadoras; o capitalismo não consegue esconder o fracasso de sua promessa em um mundo mais próspero, pelo con­trário, acaba sendo inspiração a riquezas e misérias injus­tificáveis e a própria democracia vem servindo de fachada para interesses econômicos unilaterais se legitimarem.
A Terra de Rudá nasceu de uma busca de ferramentas que interagissem com as realidades e pudessem abrir novas janelas à compreensão, menos rígidas institucionalmente e mais vivas, passíveis de questionamentos, mudanças e produção de potências, até então delegadas a terceiros. Por­tanto, valemo-nos da Psicologia, Filosofia, Arte e Transcen­dência para tentarmos chegar nesse homem acuado pelos novos paradigmas do terceiro milênio e tocá-lo o coração. Os retiros da terra de Rudá são mais uma tentativa de deslocarmos o olhar do habitual e abrirmo-nos para a sur­presa do humano. Precisamos transformar o passado, sol­tar o futuro para chegarmos ao usufruto do Presente. Essa é a revolução contemporânea – sermos a nossa própria nu­dez aqui e agora, sermos quem somos e surfarmos o Fluxo. Gozarmos a Vida como a Vida goza a Si própria.