Sete Problemas das Religiões – por Sergio Seixas
1- Aprender com mestres é bom, idealizá-los e idolatrá-los atrapalha a evolução. Não devemos projetar o nosso poder anímico em terceiros.
2- Representações pictóricas de Deus e suas hierarquias geram transferências de poder anímico para imagens-fetiche. Imagens podem inspirar ou distrair. O Pleroma não é lindo, alto, louro e sedutor.
3- No início da busca, normas morais de bom convívio na sociedade é bom, porém, o Propósito é vivermos Presentes, pois o Agora é o corpo de Deus. Todas as técnicas e ferramentas para nos aproximar do Inominável devem ser preliminares e transitórias.
4- Contribuições financeiras compulsórias incentivam a desvios éticos posto que, o homem além de sua busca de Deus traz também sua identificação com a Sombra que lhe constitui através de desvios e culpas ancestrais.
5- Chegar em Deus sem um amadurecimento psicológico é um expediente fruto da ignorância, preguiça, oportunismo, esperteza… que nos leva a pagar um alto preço – o de não sustentarmos o jorro de Sua usina agridoce chamado Agora e vivermos eternamente no ontem e no amanhã ou de aparentarmos um Encontro que de fato não aconteceu.
6- Usar Deus a nossa imagem e semelhança é diminuí-Lo à condição de um prestador de serviços. Não devemos esculpir o Seu Rosto com nossos medos e esperanças. O Todo é o Fluxo sem objetivos ainda que com Propósito.
7- A espiritualidade não é um guarda-chuva para nos proteger das intempéries e sim, uma montanha para saltar e enfim, criarmos asas. O Caminho é solitário, o Processo é partilhado e a Chegada é Comunhão.