VALOR – por Lygia Franklin
Aquilo que não é passível de descrição – ou o Grande Mistério – desejou a existência de cada ser, de cada coisa no Universo e todos participamos da sua Totalidade, caso contrário não estaríamos aqui. Logo, cada ser possui valor intrínseco. Tem valor pelo que É, porque existe e não pelo que possui.
Dentro do funcionamento da Tecnologia do Grande Mistério ganhamos dinheiro, no mínimo, proporcionalmente a três fatores interligados. São eles:
Valor legítimo que conferimos a nós mesmos + Quitação de débitos de alma + Trabalho ressonante com a nossa realização
Existem pessoas que aparentemente ganham dinheiro fora desta equação. Mais cedo ou mais tarde elas irão atrair alguma situação que tem a função de fazê-las se darem conta de que andaram burlando o que é Lei da Vida. Esta pressão pode ser material mesmo e/ou subjetiva. Não é castigo. Apenas a Vida, isto é, o Grande Mistério, faz aquele incessante e contínuo movimento no sentido do equilíbrio e da autorregulação. Para constatar isto basta observarmos o Cosmos, do qual somos parte integrante, embora possamos tentar agir com frequência como se não o fôssemos. Os processos naturais são, por vezes, demorados, porém sempre acontecem.
Quem possui uma relação adequada de valor consigo escolheu o que fazer a partir da paixão e do amor, não suporta virar piloto automático. Logo se envolve com o trabalho, cria vínculos, mais brinca do que trabalha, se considerarmos o sentido negativo que costumamos aferir a este último verbo, por tantas vezes que é distorcido por não corresponder à verdade de quem o executa. Geramos uma energia de qualidade magnética que atrai para si de volta a resposta objetiva ao que ela produziu: miséria interna gera miséria de vida, abundância interna gera abundância de vida, inclusive material. Isto é mais forte do que as leis de mercado. Perdoem-nos os economistas ortodoxos! As leis de mercado são uma oitava mais baixa das Leis da Vida. Hoje existem pessoas que as consideram religiosamente: a bolsa de valores é um templo e o mercado financeiro é o altar.
É bom não nos iludirmos como desejam os abusivos do poder e os que se tornaram objetos destes sem perceberem, fundando a realização humana em falsas crenças. A nossa vida é uma expressão da Vida e está, em primeiro lugar, submetida a suas Leis. O resto é resto… e vem depois. Não pode ser tratado como o principal.
Texto extraído do Livro: Do Ouro e Do Mel